Como fazer a contagem dos movimentos fetais?


                		
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Os movimentos fetais ativos são os movimentos do bebé que a grávida sente na sua barriga. Estes movimentos são habitualmente percetíveis pela mãe entre as 18 e as 20 semanas de gravidez ou por volta das 20 – 22 semanas no caso de ser o primeiro filho. Os movimentos do bebé são um indicativo de boa vitalidade e a sua contagem é fundamental para garantir o bem-estar do bebé. A contagem destes movimentos deve ser realizada oficialmente a partir das 35 semanas de gravidez. No entanto a mãe deve iniciar o registo dos movimentos a partir das 24 semanas, ou o quanto antes, de forma a ficar a conhecer o padrão habitual dos movimentos do seu filho.

Como fazer a contagem dos movimentos fetais?

A grávida deve iniciar a contagem dos movimentos fetais às 24 semanas. Idealmente deve ser feita em três momentos distintos do dia, geralmente após as refeições que é quando o bebé fica, por norma, mais ativo. Ao realizar esta contagem em 3 períodos distintos ao longo das 24h temos uma avaliação mais fidedigna dos movimentos do bebé.

Para realizar a contagem dos movimentos a mãe deve, após as 3 principais refeições (pequeno-almoço, almoço e jantar) aguardar 10 minutos, deitar-se no sofá ou na cama, de preferência para o lado esquerdo e iniciar a contagem dos movimentos durante 30 minutos, registando o número de vezes que o bebé realizou movimentos. O ideal será sentir o bebé 5 vezes neste período de tempo. Se a contagem após os 30 minutos for inferior a 5 movimentos, a grávida deve levantar-se, voltar a comer e caminhar um pouco. Deve deitar-se de novo em decúbito lateral esquerdo e repetir o procedimento anterior.

No caso de não ser possível ter este momento de pausa tão demorado durante o dia, a grávida deve tentar estar numa posição mais imóvel e prestar atenção aos movimentos do seu bebé.

No boletim de saúde da grávida aparece uma página de registo de movimentos fetais do bebé ao longo das 24h, mas só tem início às 35 semanas de gravidez e o registo dos movimentos fetais no boletim da grávida é realizado de forma diferente: Deve começar a contar os movimentos do bebé das 9 horas até às 21 horas. Quando tiver contado 10 vezes, anota com um “x”, no quadrado da hora correspondente. Caso não tiver atingido os 10 movimentos até às 21h, deve assinalar abaixo da linha vermelha com um x, o nº de vezes que contou. De seguida deve comer e deitar-se 30 minutos procedendo à contagem dos movimentos, como descrito anteriormente.

Por norma, a mãe consegue aperceber-se do horário dos movimentos do bebé que vão variando durante o dia de acordo com os movimentos da mãe. Habitualmente quando a mãe está mais ativa e num ambiente mais ocupado (a mexer-se mais, com sons de fundo, p.ex), o bebé é embalado pelo movimento e adormece. Quando a mãe descansa, está mais parada e fala com o bebé, é normal que ele acorde e a mãe sinta muito mais movimentos.

As causas de a grávida não sentir o bebé mexer, ou mexer menos vezes, podem ter a ver com o bebé estar com fome ou estar a dormir. A grávida pode ainda não ter sentido alguns dos movimentos do bebé pelo facto de estar mais ativa. No pior cenário, o bebé não se mexe tanto por ter o seu bem-estar comprometido (sofrimento fetal).

O que fazer em caso de diminuição dos movimentos fetais?

Se a grávida se aperceber que não sente o bebé a movimentar-se no seu horário habitual, pode realizar uma pequena refeição e complementar com algum alimento mais doce. Após esta refeição deve deitar-se na cama, preferencialmente para o lado esquerdo e colocar a mão na barriga, contando o número de vezes que o bebé mexe num período de 30 minutos.

Se mesmo assim sentir que o bebé não mexe ou está a mexer muito menos deve recorrer às urgências da maternidade levando o boletim de saúde da grávida e todos os documentos relativos à gravidez (ecografias, análises, etc).

A gravidez pode ser uma fase maravilhosa e assustadora ao mesmo tempo pelo que é importante manter-se atenta e sempre que tiver dúvidas, ou suspeitar que algo não esteja bem, deve procurar ajuda junto da sua equipa de saúde. Eles vão realizar todos os exames necessários e esclarecer as suas dúvidas.

Bibliografia

  1. Direção Geral da Saúde. Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco. DGS. Lisboa, 2015. Disponível aqui.
  2. Serviço nacional de saúde. Guia para grávidas. SNS, 2019. Disponível aqui.

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Quais são os sinais de alerta na gravidez?


                		
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Muitas mulheres saudáveis experienciam uma variedade de sintomas ou desconfortos na gravidez que aparecem devido às mudanças fisiológicas normais, da adaptação do corpo à gravidez. Existem, no entanto, outros sinais e sintomas que podem indicar um possível problema durante a gravidez. É importante que a grávida esteja atenta a esses sinais de forma a procurar um serviço de saúde o mais precocemente possível.

A grávida deve dirigir-se ao centro de saúde ou à urgência da maternidade, se tiver:

  • Sangramento vaginal ou perda de líquido pela vagina, mesmo que seja em pequena quantidade;
  • Corrimento vaginal com ardor, comichão ou cheiro não habitual;
  • Dor abdominal/pélvica persistente;
  • Arrepios ou febre (superior a 37,8ºC);
  • Dor ou ardor ao urinar e/ou presença de sangue na urina;
  • Vómitos persistentes;
  • Dor de cabeça forte ou contínua;
  • Perturbações da visão (ver pontos brilhantes e /ou “moscas volantes”);
  • Subida da tensão arterial (hipertensão);
  • Aumento acentuado de peso num curto espaço de tempo;
  • Inchaço repentino das mãos, pés e rosto;
  • Diminuição dos movimentos fetais;
  • Contrações fortes, dolorosas e frequentes.

Deve sempre estar atenta a estes sinais e sintomas e quando surgir alguma dúvida deve procurar ajuda junto da sua equipa de saúde. Leve sempre o boletim da grávida e todas as análises e exames realizados até ao momento porque podem conter dados importantes que podem ajudar a esclarecer os profissionais de saúde. Esteja atenta, pela sua saúde e pela do seu bebé.

Bibliografia

  1. Direção Geral de Saúde. Programa nacional para a vigilância da gravidez de baixo risco. DGS. Lisboa, 2015. Disponível aqui.

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Desconfortos durante a gravidez – o que fazer para garantir uma gestação mais tranquila?


                		
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A gravidez, quando desejada, é um momento de pura alegria e felicidade para a mulher/casal, mas podem surgir uma série de desconfortos, em determinados momentos, que podem ser incómodos. Estes desconfortos podem surgir em maior ou menor intensidade e variar de mulher para mulher. Contudo, com alguns cuidados estes sintomas podem ser atenuados de forma a se conseguir vivenciar uma gravidez mais calma e tranquila.

Neste artigo vamos falar acerca dos principais desconfortos que podem surgir nos diferentes trimestres de gravidez e dar alguns conselhos e dicas para os minimizar e tentar proporcionar o mais bem-estar possível durante esta fase.

Principais desconfortos no primeiro trimestre de gravidez

Os primeiros meses de gravidez são marcados por um turbilhão hormonal. O aumento das hormonas da gravidez (progesterona, esrogénio e hCH – gonadotrofina coriónica humana) podem trazer uma série de desconfortos físicos e mesmo emocionais que a grávida deve conhecer e tentar adotar medidas que ajudem a atenuá-los. São eles:

Enjoos e vómitos

Os enjoos são frequentes, sobretudo no início da gravidez e podem ou não estar associados a vómitos. Ocorrem principalmente de manhã e na maioria das grávidas cessam naturalmente por volta das 13-16 semanas. Para minimizar a ocorrência de enjoos e vómitos deverá:

  • Realizar refeições pequenas e frequentes, incluindo a ceia antes de dormir (6 ou mais vezes por dia);
  • Evitar ter o estômago vazio ou demasiado cheio;
  • Ingerir uma ou duas bolachas secas em jejum, de manhã, antes de se levantar;
  • Dar preferência a alimentos leves, refeições pouco condimentadas e fáceis de digerir;
  • Evitar jejuns prolongados;
  • Evitar estímulos que possam desencadear as náuseas (cheiros intensos, p.ex);
  • Caso vomite, deve fazer apenas um bochecho com água e deve aguardar meia hora para escovar os dentes;
  • Se os vómitos forem persistentes deve recorrer a um serviço de urgência.

Sensação de tonturas e “desmaios”

A pressão sanguínea fica mais baixa durante a gravidez por isso é normal a grávida apresentar tonturas e mesmo a sensação de que vai desmaiar. Perante a sensação de que está prestes a desmaiar, a grávida deve sentar-se e colocar a cabeça entre os joelhos ou deitar-se com as pernas elevadas até melhorar.

Alterações nos seios

As mudanças hormonais próprias da gravidez levam a que os seios aumentem de tamanho e se tornem mais firmes e sensíveis. Estas alterações acompanham toda a gravidez e têm um propósito muito importante – preparar o corpo para a amamentação. Deve ter em atenção:

  • Não deve usar roupas demasiado justas;
  • Deve usar um sutiã que seja confortável e que forneça um bom suporte. Dar preferência a sutiãs de algodão e alças largas, que se adaptem ao aumento gradual dos seios;
  • Deverá aplicar um creme hidratante diariamente de forma a evitar o aparecimento de estrias.

Cansaço e alterações do sono

É frequente as gravidas referirem algum cansaço, falta de força e sonolência aumentada no primeiro trimestre de gravidez. A grávida deve:

  • Sempre que puder deve descansar e relaxar;
  • Deitar-se mais cedo;
  • Apostar numa alimentação variada e equilibrada de forma a repor os níveis de energia e evitar o cansaço;
  • Praticar uma atividade física diária (caminhada durante 30 min, p.ex) caso não esteja contraindicado.

Alterações de humor

Ocorre devido às alterações hormonais e à ansiedade relativamente ao trabalho de parto e à maternidade. Deve partilhar as suas preocupações, receios e medos com o seu companheiro, família e profissionais de saúde e sempre que puder deve relaxar e descansar.

Aumento da frequência urinária

Durante a gravidez existe um aumento na produção da urina e uma pressão maior na bexiga devido ao aumento do útero o que faz com que urine mais vezes. Para minimizar os desconfortos associados a este processo fisiológico a grávida:

  • Não deve reter a urina e deve urinar sempre que necessário de forma a minimizar o risco de infeções;
  • Deve reduzir as bebidas perto da hora de dormir, para evitar ter que acordar muitas vezes durante a noite;
  • Caso ocorra um aumento muito acentuado da frequência urinária associado a ardor e/ou dor a urinar deve ser observada por um médico.

Aumento do muco cervical

O aumento das hormonas da gravidez podem aumentar a quantidade de muco cervical (“corrimento”). Existem alguns cuidados que a grávida deve ter:

  • Não devem ser realizadas desinfeções vaginais nem utilizar produtos de higiene agressivos;
  • Deve ser realizada a higiene diária habitual apenas com água e sabão;
  • Deve utilizar roupa interior de algodão;
  • Evitar os pensos higiénicos diários;
  • Comunicar ao profissional de saúde caso exista alterações no corrimento, tais como comichão, ardor ou cheiro intenso.

Principais desconfortos no segundo trimestre de gravidez

No segundo trimestre de gravidez, além das hormonas, a barriga começa a crescer e começam a surgir outros desconfortos.

Alterações na pele

Devido às alterações hormonais a pele sofre várias transformações ao longo da gravidez. Existe uma maior produção de melanina o que pode provocar um escurecimento dos mamilos, aparecimento da linha média abaixo do umbigo (“línea negra”) e manchas acastanhadas na face (cloasma gravídico). Pode ainda surgir outras alterações como: aranhas vasculares (telangiectasias), coloração avermelhada nas palmas das mãos (eritema palmar) e linhas avermelhadas e finas mais conhecidas por estrias. Estas alterações são normais e tendem a desaparecer após o parto. Para ajudar a prevenir algumas alterações deve:

  • Aplicar, desde o início da gravidez, creme hidratante diariamente e em todo o corpo, com especial atenção para os seios e a barriga;
  • No rosto deve aplicar diariamente um creme com fator de proteção solar muito elevado (SPF 50) e adequado ao tipo de pele.

Gengivas inflamadas

Nesta fase as gengivas podem ficar inchadas e sangrar com mais facilidade durante a escovagem ou o uso do fio dentário. Para manter uma boa saúde oral deve:

  • Manter uma boa higiene oral escovando os dentes frequentemente;
  • Usar uma escova de dentes macia;
  • Visitar regularmente o médico dentista mantendo a saúde oral em dia.

Desconforto abdominal e dores de costas

O aumento do volume do útero e a compressão das estruturas subjacentes podem causar dores abdominais ocasionais, tipo cólica intestinal e o esforço causado nos músculos e ligamentos das costas causam frequentemente dores na região dorso-lombar, principalmente após estar muitas horas em pé e ao final do dia. A grávida deve:

  • Usar uma cinta de sustentação com reforço abdominal e lombar;
  • Usar sapatos de salto baixo;
  • Evitar pegar em objetos pesados e fletir sempre os joelhos quando tiver que chegar ao chão;
  • Aplicação de calor e realização de massagens na região dorso-lombar;
  • Desenvolvimento da musculatura através da prática de atividade físicas e alongamentos;
  • Caso as queixas forem incomodativas e persistentes deve consultar o médico.

Obstipação ou prisão de ventre

As alterações hormonais reduzem os movimentos intestinais e o aumento de volume do útero vai comprimir o intestino e dificultar a evacuação. Para diminuir o risco de obstipação deve:

  • Fazer uma alimentação rica em fibra (fruta, legumes, vegetais cereais integrais);
  • Beber muita água (cerca de 2 litros/dia);
  • Praticar atividade física ligeira regularmente;
  • Se a obstipação persistir, consulta o médico.

Principais desconfortos no terceiro trimestre de gravidez

Nos últimos meses de gravidez a maioria dos desconfortos que podem surgir estão relacionados com o tamanho do bebé e distensão abdominal.

Varizes e edemas (inchaço)

No terceiro trimestre, é frequente o aparecimento de varizes (dilatação das veias). Surgem geralmente nas pernas mas também podem surgir à entrada da vagina (grandes lábios). As varizes ocorrem, entre outros fatores, pelo aumento de volume de sangue em circulação e porque o peso que as pernas sustentam é maior. Podem associar-se a dor, edema (inchaço) e sensação de peso, mais frequentemente ao final do dia. Os edemas são mais comum no final da gravidez e no verão. São causados pelo excesso de fluidos no corpo, sendo mais evidente nas pernas, pés, mãos e rosto. Para minimizar estes desconfortos deve:

  • Elevar as pernas, sempre que possível;
  • Evitar tomar banho com água muito quente;
  • Praticar exercício fisico regular (se não estiver contraindicado);
  • Usar sapatos de salto baixo;
  • Usar vestuário confortável de tamanho adequado;
  • Mudar de posição com frequência e evitar estar muito tempo sentada, com as pernas cruzadas ou em pé;
  • Usar meias de compressão adequadas para o alívio e prevenção de complicações;
  • Se começar a sentir os dedos das mãos inchados, deve retirar os anéis;
  • Deve ser consultado a equipa médica caso as queixas persistam apesar de todos os cuidados anteriores.

Azia

A azia é uma sensação de queimadura ou ardor logo abaixo do peito que pode subir até à garganta, originando um sabor amargo. A hormona progesterona faz com que a válvula entre o estômago e esófago relaxe o que leva a que o ácido do estômago suba e irrite o esófago, dando origem à azia. Para diminuir este sintoma a grávida deve:

  • Fazer refeições ligeiras, frequentes e em pequena quantidade;
  • Mastigar bem os alimentos;
  • Evitar bebidas gaseificadas, citrinos, chá, café e chocolate;
  • Evitar alimentos ricos em gordura, picantes e condimentados;
  • Não se deitar logo após as refeições e se necessário dormir com a cabeceira da cama ligeiramente elevada.

Insónia

Pode ser causada por alterações hormonais, náuseas, vontade de urinar e a falta de posição confortável para dormir. Pode ajudar:

  • Dormir sempre à mesma hora e optar por uma posição lateral (preferencialmente lado esquerdo);
  • Colocar uma almofada entre as pernas ou a apoiar as costas e a barriga quando deitada, para um maior conforto;
  • Evitar café e outras bebidas estimulantes.

Falta de ar

Pode ser causado pela elevação do diafragma (pelo aumento do útero, principalmente no 3º trimestre) e pelo excesso de progesterona, que por si só causa aumento da frequência respiratória. Deve:

  • Evitar esforços físicos e manter uma postura correta;
  • Com o auxílio de uma almofada, deve dormir com o tronco ligeiramente elevado;
  • Inspirar profundamente antes de dormir (exercícios respiratórios de relaxamento).

Hemorroidas e fissuras anais

Durante a gravidez podem aparecer hemorróidas e pequenas fissuras anais. Geralmente aparecem devido à prisão de ventre e à menor drenagem venosa desta zona, causada pelo aumento do volume uterino. Pode existir tumefação local, comichão, dor e perda de sangue após a evacuação. A grávida deve:

  • Manter os mesmos cuidados para evitar a prisão de ventre;
  • Lavar a zona com água fria para alívio das queixas;
  • Limpar e secar cuidadosamente a zona após a evacuação;
  • Aplicação de creme anti-hemorroidário;
  • Deve ser consultado um profissional de saúde caso os sintomas persistam.

Estrias

Mais comum no abdómen, coxas e mamas. O aumento do volume destas zonas pode levar à rotura de fibras em zonas profundas da pele levando ao aparecimento de estrias. Algumas mulheres têm uma maior predisposição genética para estrias do que outras. Existem cuidados que podem minimizar o aparecimento destas:

  • Não deve ser ultrapassado o aumento de peso recomendado na gravidez;
  • Deve manter a pele hidratada aumentando a ingestão de água para 1,5 a 2 litros por dia;
  • Apesar das vantagens na hidratação da pele, não está demonstrada a eficácia de nenhum dos cremes existentes para a prevenção das estrias.

Corrimento vaginal

É frequente existir um aumento do corrimento vaginal durante a gravidez, sobretudo nas semanas finais. Deve ter em atenção:

  • Não deve fazer desinfeções vaginais;
  • Deve lavar a área diariamente com água e sabão neutro;
  • Deve dar preferência a roupa interior de algodão;
  • Deve ser distinguido o corrimento vaginal da perda súbita e abundante de líquido transparente, em quantidade suficiente para molhar a roupa. Pode significar que ocorreu rotura da bolsa de águas, situação que deve levar à urgência;
  • Se tiver corrimento vaginal associado a ardor ou comichão e este tiver um cheiro muito desagradável deve ser procurado um profissional de saúde.

Comichão no abdómen

A distensão da pele abdominal leva a que esta fique mais fina e seca, causando por vezes comichão. Deve:

  • Evitar coçar;
  • Tomar banho com água morna;
  • Aplicar creme hidratante regularmente.
  • Consultar o médico caso a comichão persista ou surja noutros locais.

Perda involuntária de urina (incontinência urinária)

A perda de pequena quantidade de urina pode acontecer, sobretudo na segunda metade da gravidez. É uma queixa transitória e que desaparece nos primeiros meses após o parto. Para minimizar estas perdas a grávida pode:

Fazer exercícios para fortalecer os músculos pélvicos (Kegel) pode ajudar a diminuir a perda de urina e ajuda a preparar para o parto. Para isso, é preciso, em primeiro lugar, identificar os músculos envolvidos (a forma mais fácil de o fazer é perceber quais são os músculos que utilizam para interromper o jato urinário). Uma vez identificados, deve realizar os exercícios 3 vezes por dia enquanto estiver sentada, deitada, ou de pé. Deve contrair esses músculos durante 5 segundos, seguidos de 5 segundos de relaxamento, 5 vezes seguidas. Deve aumentar lentamente até chegar a 10 segundos de contração, 10 segundos de relaxamento, 10 vezes seguidas. É importante manter uma respiração normal e não contrair outros músculos durante os exercícios.

Bibliografia

  1. Direção Geral de Saúde. Programa nacional para a vigilância da gravidez de baixo risco. DGS. Lisboa, 2015. Disponível aqui.

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Consultas e exames no terceiro trimestre de gravidez


                		
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O segundo trimestre de gravidez corresponde aos 7º, 8º e 9º meses e às semanas 27 à 40 da gestação. Durante estes 3 meses estão preconizadas no mínimo 4 consultas de vigilância no centro de saúde e pelo menos 2 idas à maternidade (referenciada através do médico de família). O número de consultas vai depender de quando o bebé decidir nascer. Estas consultas são realizadas pelo médico e enfermeiro de família e incluem diversas intervenções que são essenciais para uma vigilância segura da gravidez.

Quarta consulta no Centro de Saúde (27-30 semanas e 6 dias)

Intervenções

  • Avaliação dos exames pedidos;
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal:
    • Peso;
    • Pressão arterial;
    • Análise sumária à urina;
    • Medição da altura do fundo do útero;
    • Monitorização da frequência cardíaca fetal;
    • Registo dos movimentos fetais;
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal;
  • Profilaxia da isoimunização nas grávidas Rh negativas (Vacina Ig anti-D às 28 semanas);
  • Promoção do aleitamento materno;
  • Avaliação da capacidade de antecipar e de integrar uma nova pessoa na família;
  • Ensinos sobre estilos de vida saudáveis;
  • Ensinos sobre sinais de alerta e de parto pré-termo;
  • Importância da comunicação intrauterina (falar com o feto, acariciar o abdómen, estimular pensamentos sobre o bebé, etc);
  • Preenchimento de todos os dados no Boletim de Saúde da Grávida;
  • Pedido de análises para realizar entre as 32 e as 34 semanas.

Análises

Análises pedidas e a realizar entre as 32 e as 34 semanas:

  • Hemograma: com o mesmo objetivo do 1º trimestre
  • Serologia de infeções: Toxoplasmose no caso das análises anteriores demonstrarem que não teve esta infeção. Sífilis, vírus de imunodeficiência humana (VIH) e hepatite B, infeções que implicam cuidados adicionais na altura do parto e ao recém-nascido.
  • Urocultura: com o mesmo objetivo do 1º trimestre.

Se tudo estiver bem, será a última vez que fará análises na gravidez.

Terceira consulta na Maternidade (entre as 30 e as 32 semanas)

Ecografia do terceiro trimestre

Realiza-se entre as 32 e as 34 semanas de gravidez e tem como um dos principais objetivos a avaliação do crescimento do bebé, fazendo uma estimativa de peso. Esta estimativa é baseada em medições da cabeça, abdómen e osso da coxa, e em situações normais tem uma margem de erro de 10-15%. Serve para calcular o percentil de crescimento em que o bebé se encontra, à semelhança do que se realiza após o nascimento. Nesta ecografia avaliam-se ainda: a posição do bebé (se está de cabeça para baixo, sentado ou atravessado), a localização da placenta, a quantidade de líquido amniótico existente e os fluxos sanguíneos do cordão umbilical e de alguns órgãos do bebé.

Quinta consulta no Centro de Saúde (34-35 semanas e 6 dias)

Intervenções

  • Avaliação dos exames;
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal:
    • Peso;
    • Pressão arterial;
    • Análise sumária à urina;
    • Medição da altura do fundo do útero e perímetro abdominal;
    • Monitorização da frequência cardíaca fetal;
    • Registo dos movimentos fetais;
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal;
  • Vacinação contra o tétano, difteria e tosse convulsa – 2ª dose, se aplicável;
  • Avaliação da capacidade de antecipar e de integrar uma nova pessoa na família;
  • Realização de ensinos sobre:
    • Estilos de vida saudável;
    • Sinais de alerta e de parto pré-termo;
    • Contagem dos movimentos fetais (pela mãe);
    • Fisiologia e desconfortos da gravidez no terceiro trimestre;
    • “Mala” para a maternidade;
    • Importância da sintonia entre as emoções da mãe e as reações do feto;
    • Preparação do quarto e do enxoval do bebé.
  • Preenchimento de todos os dados no Boletim de Saúde da Grávida;
  • Pedido de pesquisa do Streptococus β-Hemolítico do grupo B – A realizar entre as 35 e as 37 semanas.

Análises

Pesquisa do Streptococus β-Hemolítico do grupo B – A realizar entre as 35 e as 37 semanas através de colheita do 1/3 externo da vagina e ano-retal. Esta análise é realizada através de uma colheita de secreções vaginais e perianais, para saber se são ou não portadoras de uma bactéria chamada Streptococcus do grupo B. A colheita é indolor e assemelha-se a um exame ginecológico de rotina. O Streptococcus do grupo B está presente em 10-30% das grávidas sem lhes causar sintomas ou problemas de saúde, mas pode infetar o bebé na altura do parto, causando uma doença grave nos primeiros dias de vida. Se for portadora desta bactéria, ser-lhe-á recomendado fazer um antibiótico durante o trabalho de parto, o qual reduz substancialmente a infeção do recém-nascido.

Sexta consulta no Centro de Saúde (36-38 semanas e 6 dias)

  • Avaliação dos exames;
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal:
    • Peso;
    • Pressão arterial;
    • Análise sumária à urina;
    • Medição da altura do fundo do útero e perímetro abdominal;
    • Monitorização da frequência cardíaca fetal;
    • Registo dos movimentos fetais;
    • Avaliação da apresentação fetal;
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal;
  • Realização de ensinos sobre:
    • Estilos de vida saudável;
    • Sinais de alerta de início de trabalho de parto e/ou risco;
    • Fisiologia do trabalho de parto, sinais de parto, plano de parto e estratégias de alívio da dor no trabalho de parto;
    • Promoção do aleitamento materno;
    • Cuidados ao recém-nascido / vigilância de saúde infantil / alta segura;
    • Recursos na comunidade (rede de cantinhos de amamentação, linhas telefónicas e sites de apoio, recuperação no pós-parto);
    • Alterações fisiológicas no puerpério, revisão de parto e contraceção;
  • Preenchimento de todos os dados no Boletim de Saúde da Grávida.

Após as 40 semanas

Intervenções

  • Avaliação do bem-estar materno-fetal:
    • Peso;
    • Pressão arterial;
    • Análise sumária à urina;
    • Medição da altura do fundo do útero e perímetro abdominal;
    • Monitorização da frequência cardíaca fetal;
    • Registo dos movimentos fetais;
    • Avaliação da apresentação fetal;
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal;
  • Avaliação do índice de Bishop (também conhecido como escala de maturação cervical é um sistema de pontuação usado para prever se a indução do trabalho de parto será necessária);
  • Cardiotocografia (exame não invasivo de avaliação do bem estar fetal), se aplicável;
  • Realização de ensinos sobre:
    • Sinais de alerta de início de trabalho de parto e/ou risco;
    • Fisiologia do trabalho de parto, sinais de parto, plano de parto e estratégias de alívio da dor no trabalho de parto;
  • Avaliação da indicação para indução do trabalho de parto;
  • Preenchimento de todos os dados no Boletim de Saúde da Grávida.

A partir das 38 semanas a grávida tem uma nova consulta na maternidade e depois é vista semanalmente até ao parto.

Bibliografia

  1. Direção Geral da Saúde. Exames laboratoriais na gravidez de baixo risco – Norma nº 37/2011. DGS. Lisboa, 2013. Disponível aqui.
  2. Direção Geral de Saúde. Programa nacional para a vigilância da gravidez de baixo risco. DGS. Lisboa, 2015. Disponível aqui.

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Consultas e exames no segundo trimestre de gravidez


                		
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O segundo trimestre de gravidez corresponde aos 4º, 5º e 6º meses e às semanas 14 a 26 (+ 6 dias) da gestação. Durante estes 3 meses estão preconizadas duas consultas de vigilância no centro de saúde e uma ida à maternidade (referenciada através do médico de família). Estas consultas são realizadas pelo médico e enfermeiro de família e incluem diversas intervenções e exames que são essenciais para uma vigilância segura da gravidez.

Segunda consulta no Centro de Saúde (14 e as 16 semanas e 6 dias)

Intervenções

  • Avaliação dos exames pedidos na primeira consulta no centro de saúde e maternidade;
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal:
    • Peso;
    • pressão arterial (PA);
    • Análise sumária à urina;
    • Medição da altura do fundo do útero;
    • Monitorizar a frequência cardíaca fetal;
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal;
  • Reavaliação da idade gestacional e data provável de parto, se for o caso;
  • Iniciar suplementação com ferro elementar (30-60mg/dia);
  • Rastreio de Hemoglobinopatias se o hemograma alterado;
  • Ensinos sobre:
    • Estilos de vida saudável;
    • Fisiologia da gravidez;
    • Desconfortos do segundo trimestre;
    • Crescimento e movimentos fetais;
    • Profilaxia da insuficiência venosa;
    • Cuidados à pele;
  • Alerta sobre sinais de alarme e de aborto;
  • Diagnóstico pré-natal, se aplicável;
  • Avaliação de sinais de ansiedade (ambivalência, insegurança) e do risco de depressão na gravidez;
  • Ponderar referenciação para consulta de psicologia;
  • Legislação na gravidez (atividade laboral / direitos / abono de família pré-natal);
  • Preenchimento de todos os dados no Boletim de Saúde da Grávida.

Análises

Pedido de Serologia Rubéola (IgG e IgM, nas mulheres não imunes) a realizar entre as 18 e as 20 semanas.

Segunda consulta na Maternidade (20 e as 22 semanas)

Ecografia Morfológica

Esta ecografia é realizada entre as 20 e as 22 semanas e seis dias e tem como principal objetivo a avaliação das estruturas anatómicas mais importantes do bebé, nomeadamente a cabeça, cérebro, face, coração, pulmões, coluna vertebral, rins, abdómen, estômago, vesícula biliar, bexiga e membros. É ainda avaliada a localização da placenta e a quantidade de líquido amniótico presente.

A ecografia não deteta todas as malformações ou doenças com que os bebés podem nascer, mas apenas aquelas que causam alterações na anatomia das estruturas visualizadas. Nesta ecografia é geralmente possível saber também o sexo do bebé. Por fim, avalia-se o comprimento do colo do útero de forma a identificar as grávidas com maior risco de parto pré-termo (parto que ocorre antes das 37 semanas de gravidez e que está associado a maiores complicações para o recém-nascido).

Terceira consulta no Centro de Saúde (antes das 24 semanas)

Intervenções

  • Avaliação dos exames pedidos;
  • Avaliação do bem-estar materno-fetal:
    • Peso;
    • Pressão arterial;
    • Análise sumária à urina;
    • Medição da altura do fundo do útero;
    • Monitorizar a frequência cardíaca fetal;
    • Vigiar movimentos fetais;
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal;
  • Informação e programação da profilaxia da isoimunização nas grávidas Rh negativas (Vacina Ig anti-D às 28 semanas);
  • Calendário e inscrição em curso de preparação para o parto e parentalidade;
  • Vacinação:  contra o tétano, difteria e tosse convulsa (entre as 20 e as 36 semanas idealmente até às 32 semanas) – se aplicável;
  • Preenchimento de todos os dados no Boletim de Saúde da Grávida;
  • Ensinos sobre estilos de vida saudáveis;
  • Ensinos sobre sinais de alerta e de parto pré-termo.

Análises

Análises pedidas e a realizar entre as 24 e as 28 semanas:

  • Hemograma: com o mesmo objetivo do 1º trimestre;
  • Serologia de infeções: toxoplasmose no caso de as análises do primeiro trimestre demonstrarem que não teve esta infeção;
  • Prova de tolerância oral à glicose: as grávidas que tiveram um valor normal de glicose em jejum no primeiro trimestre fazem esta prova para rastreio adicional de diabetes. Após uma colheita de sangue em jejum é-lhes dado um líquido para beber contendo 75g de glicose. Colhe-se novamente sangue uma hora e duas horas após a ingestão deste líquido.
  • Urocultura: com o mesmo objetivo do 1º trimestre.

Bibliografia

  1. Direção Geral da Saúde. Exames laboratoriais na gravidez de baixo risco – Norma nº 37/2011. DGS. Lisboa, 2013. Disponível aqui.
  2. Direção Geral de Saúde. Programa nacional para a vigilância da gravidez de baixo risco. DGS. Lisboa, 2015. Disponível aqui.

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Consultas e exames no primeiro trimestre de gravidez


                		
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O primeiro trimestre de gravidez corresponde aos 3 primeiros meses e às semanas 1 a 13 (+ 6 dias) da gestação. Durante estes 3 meses está preconizada uma consulta de vigilância no centro de saúde e uma ida à maternidade (referenciada através do médico de família). Estas consultas são realizadas pelo médico e enfermeiro de família e incluem diversas intervenções e exames que são pedidos que são essenciais para uma vigilância segura da gravidez.

Primeira consulta no Centro de Saúde (antes das 12 semanas de gravidez)

Esta consulta deve ser realizada antes das 12 semanas de gravidez a contar a partir da data da última menstruação (DUM).

Intervenções

  • Recolha de historial clínico da mulher e familiares – de forma a avaliar os potenciais riscos clínicos e/ou genéticos;
  • Avaliação de fatores de risco pré-natal;
  • Avaliação de fatores de risco social tais como pobreza, imigração desemprego, refugiados, condições habitacionais precárias;
  • Realização de exame físico e ginecológico (com realização de citologia de acordo com o rastreio do cancro do colo do útero e caso o último tenha sido há mais de 3 anos);
  • Avaliação do bem-estar materno:
    • Peso e altura – antes da gravidez e atual/índice de massa corporal (IMC);
    • Pressão arterial (PA);
    • Análise sumária à urina – bacteriúria e proteinúria;
    • Pesquisa de sinais de anemia (coloração da pele, das extremidades e da mucosa oral);
  • Cálculo da idade gestacional e da data provável do parto;
  • Preenchimento e entrega do Boletim de Saúde da Grávida que deve sempre acompanhá-la;
  • Verificação do Boletim de Vacinas – verificação se as vacinas se encontram em dia;
  • Inicio de suplementação com:
    • Ácido fólico (400 µg/ dia) até à 12ª semana de gravidez;
    • Iodo (150-200 µg/dia) durante toda a gravidez;
  • Avaliação da Saúde Oral – Ponderar cheque-dentista (máximo de 3 a utilizar até 60 dias após o parto);
  • Informação e programação de rastreio de cromossomopatias;
  • Realização de ensinos relativos a estilos de vida saudável:
    • Alimentação e aumento ponderal desejável;
    • Atividade física e repouso;
    • Sexualidade;
    • Segurança rodoviária;
    • Consumo de álcool, tabaco e substâncias psicoativas;
  • Realização de ensinos relativos a:
    • Fisiologia e desconfortos da gravidez no primeiro trimestre;
    • Prevenção de infeções;
  • Ponderar referenciação para consulta de cessação tabágica, consulta de psicologia, consulta com assistente social ou para Unidade de Cuidados na Comunidade;
  • Ponderar referenciação para as Equipas para a Prevenção da Violência em Adultos (EPVA) e Núcleos de Apoio às Crianças e Jovens em Risco;
  • Alertar para sinais de alarme e de aborto;
  • Referenciação para a maternidade;
  • Isenção de taxa moderadora.

Análises

Estas análises são pedidas, por norma, na primeira consulta da gravidez podendo ser dispensadas se já tiverem sido realizadas numa consulta preconcecional há menos de 3 meses.

É realizada uma colheita de sangue e de urina e são feitos os seguintes exames:

  • Hemograma: contagem de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Esta análise é utilizada para rastreio de anemias, possíveis infeções e alterações nas plaquetas;
  • Grupo sanguíneo com pesquisa de anticorpos específicos (Tipagem ABO e fator Rh). As grávidas com fator Rh negativo necessitam de cuidados adicionais durante a gravidez e após o parto;
  • Rastreio de infeções (sífilis, rubéola, toxoplasmose, vírus de imunodeficiência humana – VIH e hepatite B ). Este rastreio é essencial para saber se está ou já esteve infetada com estas doenças, de forma a tratá-las precocemente e/ou preveni-las durante a gravidez;
  • Glicose em jejum (de pelo menos 8 horas). O nível de açúcar no sangue é usado para saber se tem diabetes, que implica cuidados adicionais na gravidez;
  • Urocultura. Usada para rastreio da infeção urinária;
  • Pode ainda ser pedido a grávidas com risco aumentado de pré-eclâmpsia: Rastreio da pré-eclâmpsia. Doseamento de uma substância (PlGF), que juntamente com a medição da tensão arterial e a avaliação do fluxo nas artérias uterinas na ecografia do 1º trimestre, resulta num cálculo de risco para a ocorrência desta complicação da gravidez.

Primeira consulta na Maternidade (até às 13 semanas de gravidez)

Rastreio bioquímico

É efetuado o doseamento de duas substâncias (PAPP-A e β-HCG) que se associam a maior risco de malformações cromossómicas. As malformações cromossómicas testadas neste rastreio são as trissomias 13 (síndrome de Patau), 18 (síndrome de Edwards) e 21 (síndrome de Down). Os resultados são conjugados com os dados da ecografia do primeiro trimestre para o cálculo final do risco destas situações.

Este rastreio é realizado até às 13 semanas.

Ecografia do Primeiro Trimestre

Esta ecografia realiza-se entre as 11 e as 13 semanas, tendo como principais objetivos:

  • Confirmação do tempo de gravidez (através da medição do bebé). Por vezes é necessário corrigir as semanas de gravidez calculadas a partir da última menstruação;
  • Identificação do número de bebés presentes (feto único ou gemelar);
  • Medição do fluxo nas artérias uterinas para cálculo do risco de pré-eclampsia;
  • Avaliação sumária dos principais órgãos do bebé;
  • Medição da translucência da nuca (espessura da pele do pescoço) e visualização dos ossos do nariz.

Estes dois últimos marcadores são utilizados, juntamente com o rastreio bioquímico, para o cálculo do risco de malformações cromossómicas (rastreio combinado). Quando o rastreio combinado tem como resultado um risco intermédio, é proposto à grávida o doseamento do ADN fetal em circulação materna (teste mais preciso que testa mais alterações genéticas). Quando o risco é elevado, propõe-se à grávida a realização de uma técnica diagnóstica (biópsia das vilosidades coriónicas ou amniocentese) para determinar se existem ou não essas malformações.

Bibliografia

  1. Direção Geral da Saúde. Exames laboratoriais na gravidez de baixo risco – Norma nº 37/2011. DGS. Lisboa, 2013. Disponível aqui.
  2. Direção Geral de Saúde. Programa nacional para a vigilância da gravidez de baixo risco. DGS. Lisboa, 2015. Disponível aqui.

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Consultas de vigilância e exames de rotina na gravidez de baixo risco


                		
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Após descobrir a gravidez existem uma série de consultas e exames que são marcados de forma a garantir uma vigilância adequada da gestação. De salientar que as consultas e os exames descritos neste artigo são as preconizadas numa gravidez de baixo risco. Cada gravidez é diferente e pode requerer uma vigilância distinta dependendo do risco para acarreta para o bebé e/ou grávida.

Estas consultas e exames permitem:

  • Avaliar o bem-estar da mãe e do bebé através da recolha da história clínica e dos dados dos exames complementares de diagnóstico;
  • Detetar, de forma precoce, situações consideradas fora do normal no curso da gravidez que possam afetar a sua evolução e o bem-estar da mãe e do bebé;
  • Identificar fatores de risco que possam vir a interferir no curso normal da gravidez, na saúde do bebé e/ou da mulher;
  • Educar para a saúde, proporcionando aconselhamento e apoio psicossocial ao longo da vigilância periódica da gravidez;
  • Preparar a mulher/casal para o parto e parentalidade;
  • Informar a mulher/casal sobre os deveres e direitos parentais.

Periodicidade das consultas pré-Natais na gravidez de baixo risco

Primeira consulta – o mais precocemente possível e até às 12 semanas de gravidez.

Após a primeira consulta deverá realizar consultas de vigilância pré-natal:

  • A cada 4-6 semanas até às 30 semanas;
  • A cada 2-3 semanas entre as 30 e as 36 semanas;
  • A cada 1-2 semanas após as 36 semanas até ao parto.

O esquema de consultas preconizado pela Direção Geral da Saúde é o seguinte:

Trimestres de gravidezConsultas de vigilância no Centro de Saúde
Primeiro trimestre
(até às 13 semanas + 6 dias)
1ª consulta (até às 12 semanas);  
Segundo trimestre
(das 14 semanas às 26 semanas + 6 dias)
2ª consulta (14s – 16s+6d);
3ª consulta (antes das 24 semanas);  
Terceiro trimestre
(das 27 semanas às 40 semanas)
4ª consulta (entre as 27s e 30s+6d);
5ª consulta (entre as 34s e 35s+6d);
6ª consulta (entre as 36s e 38s+6d);
7ª consulta (após as 40 semanas).
Esquema de consultas de Vigilância na Gravidez de Baixo Risco

Todas as grávidas, entre as 36 e as 40 semanas, devem ter acesso a uma consulta no hospital onde se prevê que venha a ocorrer o parto.

No entanto, a grávida pode e deve ser acompanhada em simultâneo na maternidade (referenciada pelo médico de família) onde terá 3 ou 4 consultas, dependendo da data do parto e onde serão realizados os rastreios analíticos e as 3 ecografias preconizadas pelo sistema nacional de saúde.

As consultas na Maternidade:

  • Primeira consulta – até às 13 semanas;
  • Segunda consulta – entre as 20 e as 22 semanas;
  • Terceira consulta – entre as 30 e as 32 semanas;
  • Quarta Consulta – a partir das 38 semanas (semanal).

A periodicidade das consultas pode ser alterada tendo em conta diversos fatores: os dados da avaliação clínica, os resultados dos exames realizados e as necessidades de cada mulher/casal.

No caso de a grávida entrar em contacto com os serviços de saúde tardiamente deverá realizar os exames/rastreios preconizados para a primeira consulta de gravidez, exceto os que já não sejam possíveis realizar dependendo da idade gestacional.

De seguida apresentamos de forma resumida, em formato de tabelas, os exames de rotina realizados durante uma gravidez de baixo risco:

PRIMEIRO TRIMESTRE
(até às 13 semanas + 6 dias)
< 13 semanas:
1. Citologia cervical (ou “papanicolau”);
2. Tipo de sangue (Tipagem ABO e fator Rh);
3. Pesquisa de aglutininas irregulares (teste de Coombs indireto);
4. Hemograma completo;
5. Glicemia em jejum;
6. VDRL (rastreio sífilis);
7. Serologia Rubéola – IgG e IgM;
8. Serologia Toxoplasmose – IgG e IgM;
9. Anticorpos VIH (Vírus da imunodeficiência humana) 1 e 2;
10. AgHBs (antigénio hepatite B);
11. Urocultura.  
Ecografia do Primeiro Trimestre
(11 – 13 semanas + 6 dias)
Rastreio Bioquímico do 1º trimestre
(11 – 13 semanas + 6 dias)

SEGUNDO TRIMESTRE
(das 14 às 26 semanas + 6 dias)
18-20 semanas:
12. Serologia Rubéola (IgG e IgM, nas mulheres não imunes)
24 a 28 semanas:
13. Hemograma completo;
14. PTGO (Prova de tolerância à glicose)c/ 75g (colheita às 0h, 1h e 2horas);
15. Serologia Toxoplasmose – IgG e IgM (não imunes);
16. Urocultura;
17. Pesquisa de aglutininas irregulares (Coombs indireto) nas mulheres Rh negativo. (1)
(1) Nas 4 semanas antes da administração da imunoglobulina anti‐D  
Ecografia do 2º trimestre – Morfológica
(20 – 22 semanas + 6 dias)

TERCEIRO TRIMESTRE
(das 27 às 40 semanas)
32-34 semanas:
18. Hemograma completo;
19. VDRL (rastreio sífilis);
20. Serologia Toxoplasmose – IgG e IgM (nas mulheres não imunes);
21. Anticorpos VIH (Vírus da imunodeficiência humana) 1 e 2;
22. AgHBs (antigénio hepatite B) – nas mulheres não vacinadas e não imunes no 1º trimestre;
23. Urocultura  
35‐37 Semanas:
24. Colheita (1/3 externo da vagina e ano‐retal) para pesquisa de streptococcus β hemolítico do grupo B    
ECOGRAFIA do 3º Trimestre
(30 – 32 semanas + 6 dias)

A vigilância durante a gravidez é essencial para garantir uma gestação saudável, assim como uma boa saúde da mãe e do bebé permitindo detetar e prevenir problemas futuros. Por isso deve garantir a presença nas consultas de vigilância e realizar todos os exames preconizados pelo sistema nacional de saúde. Leve sempre o boletim de saúde da grávida para que os profissionais registem todos os dados e aproveite estes momentos para tirar todas as dúvidas.

Bibliografia

  1. Direção Geral da Saúde. Exames laboratoriais na gravidez de baixo risco – Norma nº 37/2011. DGS. Lisboa, 2013. Disponível aqui.
  2. Direção Geral de Saúde. Programa nacional para a vigilância da gravidez de baixo risco. DGS. Lisboa, 2015. Disponível aqui.

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Estou grávida, e agora?


                		
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A notícia de uma gravidez, quando desejada, traz um misto de emoções para os futuros pais. Uma enorme felicidade junta-se à ansiedade e preocupação com a saúde do bebé. Começam a surgir uma série de dúvidas sobre o que devem fazer e quando começar.

O ideal é que uma gravidez seja planeada com alguma antecedência (cerca de 3 meses), tendo sido realizados todos os cuidados pré-natais que ajudem a ter uma gravidez saudável. No entanto nem tudo corre de forma programada e pode surgir uma gravidez não planeada e não há motivos para preocupações. Existem uma série de cuidados a partir daí que se devem adotar de forma a garantir uma boa evolução da gravidez e uma boa saúde da mãe e do bebé.

O que devo fazer quando tiver um teste de gravidez com um resultado positivo?

Marcar uma consulta

A primeira coisa a fazer após ter um teste de gravidez positivo é marcar uma consulta com o seu médico de família e/ou ginecologista/obstetra para iniciar os cuidados pré-natal.

Iniciando o seguimento no centro de saúde, o médico de família irá orientar a grávida para as consultas de vigilância da gravidez e irá pedir todas os exames recomendados. Será também referenciada para a maternidade onde serão realizados os exames pedidos, inclusive as ecografias dos diferentes trimestres. Irá continuar a vigilância no centro de saúde com consultas médicas e de enfermagem periódicas que vão promover uma vigilância constante da gravidez e da futura mãe. É também o seu médico que vai poder passar baixa médica no caso de necessitar de repouso durante a gravidez.

Se houver risco de complicações (doenças associadas como diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares, endócrinos ou infeções, se é fumadora ou obesa, se tem antecedentes de abortos espontâneos repetidos, se é menor de 16 anos ou maior de 35 anos), provavelmente será logo referenciada para uma consulta hospitalar.

Caso já esteja a ser seguida ou conheça um ginecologista/obstetra de confiança poderá realizar todo o pré-natal acompanhada por ele.

Consulta pré-natal

A primeira consulta após descobrir que está grávida é a mais demorada de toda a gestação. O médico vai pedir o historial clínico da mulher e dos seus familiares de forma a conseguir prever possíveis complicações futuras e vai pedir exames de sangue e urina para avaliar o estado de saúde da gestante e avaliar a possível existência de riscos para a gravidez e a possibilidade de necessitar de um acompanhamento mais rigoroso.

Ser-lhe-á entregue um pequeno livro, o Boletim de Saúde da Grávida, que servirá para anotar todas as informações relacionadas com a gravidez. Este livro deverá acompanhá-la sempre.

Iniciar suplementação pré-natal

Caso ainda não esteja a fazer, a grávida deve iniciar de imediato a suplementação pré-natal. Deve ser iniciado o mais precocemente possível a toma de ácido fólico (400 µg/dia), de iodeto de potássio (150-200 µg).

Primeira ecografia

O Sistema Nacional de Saúde apenas preconiza a realização da primeira ecografia entre as 11 e as 13 semanas de gravidez. No entanto, caso a mulher seja seguida por um ginecologista/obstetra pode e deve realizar uma ecografia entre a 6ª e a 8ª semanas de gravidez. Esta ecografia é feita via intravaginal e tem como principais objetivos: visualizar o saco gestacional, o embrião e a presença de batimentos cardíacos, confirmar a idade gestacional, estimar a data provável do parto e avaliar se o embrião está implantado no útero ou fora dele (gravidez ectópica). Pode ainda ser possível avaliar precocemente se se trata de uma gestação gemelar. São também observadas as restantes estruturas – ovários e colo do útero, de forma a despistar algum possível problema.

É possível ouvir os batimentos cardíacos do bebé a partir da 6ª semana de vida.

Cuidado com a alimentação

Apesar de algumas mulheres sentirem náuseas no primeiro trimestre da gravidez é muito importante insistir e investir numa alimentação saudável. Uma dieta rica em nutrientes, vitaminas e minerais é essencial para o bebé se desenvolver de forma saudável. O consumo de vegetais, frutas, leguminosas, hidratos de carbono de absorção lenta e proteínas de fontes saudáveis devem ser privilegiados. Deve ser evitado as bebidas com cafeína (máximo de 200mg de cafeina por dia – 2 chávenas de café expresso) e alimentos ricos em açúcar.

Deve fazer entre 5 a 6 refeições diárias, ingerindo pequenas porções de alimentos de cada vez.

Eliminar os hábitos prejudiciais

Deve eliminar o consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas. Existe um aumento do risco de aborto, de malformações e outras complicações para o bebé quando a mãe mantém estes consumos.

Praticar atividade física

Se não existir nenhuma restrição médica, a atividade física leve na gravidez, como a caminhada, hidroginástica, yoga e pilates traz inúmeros benefícios como a redução do risco de hipertensão e diabetes gestacional, o alívio dos edemas e controlo do peso. A atividade física é também responsável pela libertação de serotonina, o que proporciona a sensação de bem-estar.

Deverá, no entanto, consultar sempre o seu médico antes de iniciar uma atividade.

Cuidado com medicação

Não deve tomar medicação sem indicação médica. Existem muitas restrições no uso de medicação durante a gravidez pelo risco de aborto, malformações e alterações no desenvolvimento do bebé pelo que só deverá tomar medicação autorizada pelo médico.

Descansar

É muito comum a sensação de cansaço e excesso de sono durante a gestação pelo que é importante a grávida escutar o seu corpo e descansar sempre que se sentir muito cansada. Deverá evitar atividades e tarefas pesadas.

Estar atenta a sinais e sintomas de complicações do início da gravidez

Esta é uma fase de muitas mudanças no corpo da mulher e existem vários sintomas que são perfeitamente normais no início da gravidez. No entanto, é importante saber que existem sinais e sintomas que podem revelar que pode existir algum problema e que devem procurar ajuda o quanto antes. São eles:

Hemorragia vaginal, corrimento vaginal com prurido/ardor, dores abdominais/pélvicas, febre, dor/ardor quando urina, dores de cabeça fortes ou contínuas, perda de visão.

Qualquer dúvida deve sempre procurar entrar em contacto com a sua equipa médica.

Esta nova fase pode ter tanto de maravilhosa como de assustadora. Por isso saber quais os principais cuidados a ter é uma ajuda para se manter mais tranquila e conseguir aproveitar e desfrutar este momento tão importante na vida da mulher/casal.

Bibliografia

  1. Direção Geral de Saúde. Programa nacional para a vigilância da gravidez de baixo risco. DGS. Lisboa. 2015. Disponível aqui.

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Treino HIIT (High Intensity Interval Training) – Treino intervalado de alta intensidade


                		
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Quando falamos na prática de exercício físico surge inúmeras vezes o fator “falta de tempo” como um dos impedimentos à sua prática. Desta forma surge a necessidade da criação de planos de treino eficientes que permitam aliar o pouco tempo disponível aos benefícios de saúde associados ao exercício físico.

Neste contexto surge o famoso treino intervalado de alta intensidade, mais conhecido como treino HIIT (High Intensity Interval Training).

Este treino alterna exercícios de alta e baixa intensidade, envolvendo um período de esforço intenso seguido de segmentos de recuperação que podem ser pausas passivas, se o praticante parar completamente o exercício, ou ativas, se o praticante baixar a intensidade dos exercícios, para recuperar para o próximo pico de intensidade. Estes picos de intensidade podem variar de 30 até 60 segundos, intercalados com pausas de forma a conseguir recuperar até ao pico de intensidade seguinte.

A American College Sports of Medicine (ACSM) preconiza que, em treinos de 20 minutos, 5 a 8 minutos devam ser realizados exercícios que promovam uma intensidade de 80 a 95% da frequência cardíaca máxima estimada. Os períodos de recuperação podem ter uma duração igual ao período de esforço e devem ser realizados a uma intensidade de 40 a 50% da frequência cardíaca máxima estimada. 

O tempo de realização deste treino pode variar dependendo da capacidade física do praticante podendo ser realizada por 20 até 30 minutos, nunca esquecendo da importância de iniciar sempre com um aquecimento de, no mínimo 3 minutos, e de um alongamento final que promove a recuperação muscular e a prevenção de lesões.

Com o devido planeamento esta é uma metodologia de treino que pode ser usada diariamente, tendo a vantagem de consumir menos tempo ao praticante e aumentar ainda o seu metabolismo basal resultando num aumento do funcionamento metabólico até 48 horas pós-treino, levando ao aumento do consumo de cerca de 10% mais calorias nesse período.

O treino HIIT pode ser ajustado a vários níveis de aptidão física e aplicado a indivíduos de todas as idades e com condições físicas mais específicas, nomeadamente diabetes, patologias cardíacas e excesso de peso, nunca esquecendo a importância de um acompanhamento especializado nessas situações. 

Vários estudos revelam que este método de treino tem benefícios cardiovasculares idênticos ao treino de longa duração e intensidades moderadas, revelando-se uma opção interessante para quem tem menos tempo para treinar.

Bibliografia

  1. American College Sports of Medicine. ACSM Information on… High Intensity Interval Training. 2014. Disponível aqui.
  2. Barros D, Cabral I, Ribeiro T, et al. Treinamento Intervalado De Alta Intensidade – HIIT e respostas glicêmicas agudas entre homens saudáveis. Brazilian Journal of Development 6(7):49441-49448. Brasil. 2020. Disponível aqui.
  3. Prata. Treino Intervalado de alta intensidade: o treino revolucionário? Revista Medicina Desportiva Informa. 2015. Disponível aqui.
  4. Shigenori Ito. High-intensity interval training for health benefits and care of cardiac diseases – The key to an efficient exercise protocol. World Journal os Cardiology. Jul 26; 11(7): 171–188. 2019. Disponível aqui.

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Treino de força – Musculação


                		
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O treino de força, mais popularizado como musculação, tem vindo a ganhar adeptos nos últimos anos e tem-se mostrado uma ferramenta eficaz, não só no ganho de força e de massa muscular, mas também nos inúmeros benefícios para a saúde.

Diversos estudos sugerem que o treino de força é tão importante como o exercício aeróbico. Esta modalidade aumenta a massa muscular, a força e a densidade mineral óssea o que permite uma melhoria na capacidade de realizar atividades de vida diárias. Ajuda ainda a melhorar a capacidade de eliminação de açúcar e gordura do nosso organismo conduzindo a um risco reduzido de diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade. Tal como os exercícios aeróbios, este tipo de treino também reduz sintomas de depressão e ansiedade.

Comparativamente com os exercícios aeróbicos, os estudos mostram que o treino de força tem maior efeito sobre doenças relacionadas com a idade como a perda de massa muscular e o declínio cognitivo, sendo a população idosa uma das que mais beneficiam do treino de força. Com o envelhecimento ocorre uma importante perda de força e massa magra. A perda da função muscular é um fator de risco que predispõe idosos a um risco aumentado de comorbilidades, quedas, fraturas e mortalidade. Esta modalidade é, portanto, reconhecida como uma intervenção fundamental para contrariar estes efeitos adversos do envelhecimento e os seus consequentes prejuízos para a saúde.

Segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), devem ser realizados treinos de força pelo menos 2 dias por semana, exercitando todos os grupos musculares. A inclusão de treinos de força junto com exercícios aeróbicos, além de trazer ganhos à saúde pode facilitar a realização dos aeróbicos.

Este tipo de treino pode incluir aparelhos de musculação, elásticos de resistência, pesos manuais ou mesmo o nosso próprio peso corporal. Esta modalidade é geralmente realizada nos ginásios, mas também é muito fácil de ser feita em casa, como no caso do treino funcional, sendo apenas realizado com o peso do corpo ou com o uso de aparelhos simples como pesos e elásticos de resistência.

Desde que respeite os limites do seu corpo e tenha cuidado com as posturas adotadas, realizar treinos de força sozinho, não é difícil. Treinos HIIT (High Intensity Interval Training) e sequências de treino funcional são boas opções.

Bibliografia

  1. Bennie J, Cocker K, Shakespear-Druery J. Muscle-strengthening Exercise Epidemiology: a New Frontier in Chronic Disease Prevention. Sports Medicine. volume 6, Article number: 40. 2020. Disponível aqui.
  2. Global action plan on physical activity 2018–2030: more active people for a healthier world. Geneva: World Health Organization. 2018. Disponível aqui.
  3. Physical Activity Guidelines Advisory Committee. Physical Activity Guidelines Advisory Committee Scientific Report. Washington, DC: U.S. Department of Health and Human Services. 2018. Disponível aqui.

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